sexta-feira, 17 de junho de 2011

AS LINHAS DA MÃO



Olhei a palma da minha mão
De linhas bem definidas
Por cada desilusão
Umas quantas linhas perdidas.
Passou o tempo, eu arrancada
Até que chegou a hora!
Na ultima curva da estrada!?
Uma verdade me apavora.

Já a esperança se estilhaça
E a alegria lágrimas não pára
Assim é a vida que passa
E a saudade que não sára.
Olho as linhas da mão
E a verdade se encaminha
Dizem elas ao coração,
Que triste é a sina minha.

Caminho e deixo pégada
Levo os olhos sem pestanejar
Sigo livre na caminhada
Mas levo a alma a embaciar.

As linhas da minha mão
Morrem quase inteiramente
Mas eu já não luto, não!
A Vida me leva p'la mão
Mas meu rosto levo ausente.
Peço respostas às linhas
Falo-lhes de mil maneiras
Falam das saudades minhas
Mas esquecem as canseiras.

Dizem -me que é curta a viagem
Que há muito acabei de nascer
Que a vida não tem paragem
E que um dia, hei-de  morrer!

natalia nuno
rosafogo
imagem retirado do blog-imagens para decoupage

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