
Desfolham os meus dias
em pétalas fugazes
Passo-os à espera de nadas
Talvez surjam da infância as fadas
Capazes...
De acender à vida estrelas
de luz enfeitiçada.
Vislumbres brancos, doces do alvor
ou
alvorada!
Urdindo um futuro diferente.
Para que então possa crer
Que a vida? Ainda está
à minha frente.
Nesta viagem sem regresso
A vida rápido foge
E eu romeiro a atravesso.
Minhas órbitas são sulcos sem água
Hoje...deixai-me dormir com minha mágoa.
Deixai-me gritar ao vento
Que o jogo da vida é duro
Deixai-me dormir no escuro,
atrás da memória escondida.
Escondida da própria morte e do tempo
Que o mais certo?
é a despedida.
por perto.
rosafogo
natalia nuno