enche-se de inquietação
o coração,
entre meus ouvidos o som
da guerra
e do choro, que deixa um fogo
preciso na minha escrita
tudo ela devora
- guerra maldita!
destino e sua impiedade,
onde habitaram quimeras
a dor agora não sara
já não há primaveras,
e como um tear que não pára
chegam notícias gritantes
e morre-se a todos os instantes
olhos selados no ódio
surgem de suas entranhas,
injustiças tamanhas
atormentando um mar de gente
com avidez rancorosa
e uma teimosia indiferente
não há um sonho eminente
a paz não encontra retorno
há morte e o fumo embacia
o poente
quem dera que cada homem
estendesse uma ponte
e que o amor fosse a fonte
que a todos a sede saciasse
natalia nuno