domingo, 8 de junho de 2025

olhos selados no ódio..




enche-se de inquietação
o coração,
entre meus ouvidos o som 
da guerra
e do choro, que deixa um fogo
preciso na minha escrita
tudo ela devora
- guerra maldita!

destino e sua impiedade,
onde habitaram quimeras
a dor agora não sara
já não há primaveras,
e como um tear que não pára
chegam notícias gritantes
e morre-se a todos os instantes

olhos selados no ódio
surgem de suas entranhas,
injustiças tamanhas
atormentando um mar de gente

com avidez rancorosa
e uma teimosia indiferente

não há um sonho eminente
a paz não encontra retorno
há morte e o fumo embacia
o poente

quem dera que cada homem
estendesse uma ponte
e que o amor fosse a fonte
que a todos a sede saciasse

natalia nuno