quarta-feira, 4 de maio de 2016

lembrança dela própria...


uma infeliz vontade de fraquejar
às vezes a invade, sente-se tão morta,
procura-se noutro lugar
ainda que não se ache nunca...
é lembrança de saudade dela própria
mesma lembrada, é a ilusão e a verdade
essa verdade a sucumbir,
e a  esperança
prestes a desistir...a
vacilar a vontade!
traz com ela o tédio dos dias
e é no sonho que encontra o remédio
naquilo que lhe vem à memória
no silêncio que a rodeia
nos pensamentos que são como aranhas
prontas a tecer a teia,
ou borboletas
em vôos agonizantes, que a levam até à saudade
o coração já leva um caminho longo
de abundantes nostalgias,
sempre com a tenebrosa dúvida
ao longo dos dias,
de quando partirá...

o destino cumprirá,..
não lhe queimem a ilusão
deixem-na ser ainda como um sonhador
arauto de imenso amor...
imenso amor à vida, como menino a colher uma flor,
e quando morrer...pois que morra... d'amor!

natalia nuno
rosafogo