sábado, 26 de novembro de 2011

AVANÇO NO SONHO



Dentro do meu coração
Fonte, nascente de ternuras
Tarde clara de verão.
Já é quase Primavera
E Abril se aproxima
Ai quem me dera, quem dera
Esquecer-te numa lágrima.

Olho esta água serena
Do rio que corre em mim
Tenho pena, muita pena!
Do sonho a chegar ao fim.
Ouço o soluçar das fontes
No ar o cheiro do jasmim
Ai vida não me amedrontes!
Quero minha memória assim.

Em troca assim te quero
Rasgada nuvem me sinto
Arco íris em desespero
Um facho de chuva extinto.
Flutuo na tarde...
Morna, esta tarde de Maio
Ai se não fosse a saudade!
A saudade onde caio.

Sonho, bendita ilusão!
E o sol me alumia
Só que no meu coração
Manancial de amor queria.
Andam pétalas p'lo chão
Neste meu jardim desfeito
Ai, já me sangra o coração
Deserto feito no meu peito.

natalia nuno
rosafogo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AMOR QUANDO ME AMAS



Louca... louca queria ser!
Rio que desliza rumo
ao mar,
fluir indiferente, sem cessar
Esquecer,
o futuro inverno cinzento,
esquecer meu desalento.

Meus olhos são rios nascendo,
e nem sei porque choram!
Talvez porque se estão perdendo
dos teus, que tanto os namoram.

Tão triste porquê, não sei!
O que procuro também não
Tantas horas já passei
Sem saber porque razão.
O tempo me foge e se perde
A galope sobre meu rosto
Que já foi seara verde
E também luar de Agosto.
Solta-se a lua sobre as águas
Em meus olhos faz remoinho
A sombra das minhas mágoas
Se estende p'lo caminho.
E já o mundo amanhece
Nas fronteiras do meu sonho
Logo o corpo padece
Nem ouve o que lhe proponho.

Nas minhas mãos nostalgias
Trago no peito ameaças
Neste amor terna me querias!
Ternura há quando me abraças.

Ergo-me de fronte ao céu
Nas minhas mãos as esperanças
Minha alma trago ao léu
Na memória as lembranças.
Corre depressa meu sangue
no coração a arder,
numa rajada de chamas.
Louca... louca queria ser
AMOR quando me amas!

rosafogo
natalia nuno
imagens retiradas do blog imagens para decoupage

PoEmA à RoSaFoGo

PoEmA à RoSaFoGo.

Trago bordadas no peito
lembranças com as quais me deito
e me aquecem na noite fria,
noite de pura nostalgia
e no telhado o gato mia
e tudo numa pura alquimia...

E as estrelas são minha companhia
e a lua altiva no céu
e até apareceu uma cotovia
que me faz bem com o seu
tagarelar de noite e de dia...

E voltei a sentir-me criança
e a navegar numa noz
no meu mar de bonança
e bem longe vai minha voz
enquanto o mundo veloz
nos imprime a calcina atroz...

Mas bem longe meu algoz
que estou vivinha da silva
e ouço no campo o algeroz
e inspiro a madresilva
e ouço cantar o melro
e brinco debaixo do amieiro
com o fofinho cordeiro
que pasta no lameiro
com seus irmãos e a mãe,
e contrita digo amem
com o inteiro universo
que me inspira logo
para o melhor verso,
a mim, poetisa rosafogo!

PEÇO DESCULPA À POETISA QUE ADORO
PELA OUSADIA DE TENTAR IMITÁ-LA.
POIS É CERTO E SABÍDO QUE É IMPOSSÍVEL
TAL TAREFA, MAS FICA EM JEITO DE DEDICATÓRIA!

BEIJOS E ABRAÇOS SIDERAIS
DA AMIGA AO INTEIRO DISPOR,
QUE TE ADORA E DESEJA TUDO DE BOM,
Maria«*+*» «*+*»


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Obrigada Mariaa
rosafogo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AMOR FEITO DESEJO

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Mas é pura e serena esta alegria
em que me deixo perder!
Vivo e alguma coisa embriaga o ar
Aqui, ali, a esperança, e sempre a fé,
não deixo de reconhecer
que ando agora mais devagar.
Posso olhar-me!
Alegrar-me...
Com olhos espantados
e a interrogação na boca,
Depois de tantos passos dados,
Ainda confio e estendo os braços á vida,
e vivo-a, louca.
Como a água viva que canta e é sempre
jovem!


Reconheço-me forte
Avanço por entre a multidão
com o coração a pulsar.
Acolho o amor e com sorte,
me entrego enlouquecida,
ao amor a te amar.
Meu peito bate lento,
duma forma perfeita.
Não há solidão nem esquecimento,
quando a lua cai sobre nós
e aí se deita.

Há muito que meus olhos verdejaram
Há a memória ainda fresca desses verões
Quando os teus me ollaram e amaram
E em uníssino bateram os corações.

Ainda que a vida nos fustigue
E nada seja como dantes
O amor será sempre a verdade
que crepita nos nossos instantes.
Este mistério que nos causa saudade
Fogueira onde nos aquecemos
Verdor dum bosque onde nos perdemos
Amor feito desejos
vivos!
Sonho que não faz ruído
Meu coração e o teu cativos.
E as águas velozes correndo
no mesmo sentido.

rosafogo
natalia nuno

imagem retirada do blog imagens e flores para decoupage.

UM MIMO (oferta)



Como sempre um poema com teu cunho
e mulher valente cerra o teu punho
e bate na mesa contra a corrente
de trisreza que se quer instalar
e voa no teu sonho sempre ardente
e depois vai ver o sol morrer no mar
com as estrelas que tens no olhar
e a Lua te conduza a bom porto
onde o amor não está nada morto
mas bem vivinho da silva, menina,
que comes uma vermelhinha romã
e de novo subirás a alta colina
no novo dia logo pela manhã
e à noite de novo aqui tragas
o teu po´rtico e bulicioso afã
com que as almas todas embriagas!

BEIJOS E ABRAÇOS SIDERAIS
DA AMIGA AO INTEIRO DISPOR,
Maria«*+*» «*+*»

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COMENTÁRIO A UM POEMA MEU.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ai...Ai...Ai...

Ai, Ai, Ai...
A Vania resolveu aceitar a boleia
desta menina a cantar qual sereia.
Então liguei o turbo do descapotável
e seu chapéu vôou, tão admirável...

Voltamos atrás e lá estava o dito
mas na cabeça da Alice, sem carrapito.
E quando a Vania lho queria tirar
veio a Natália dele se apossar...

Mas ainda mal o tinha na sua mão
e já estava a Nanda com ele, oh não,
só que a jessica também se adiantou
e o chapéu à Nanda depressa tirou...

E uma infindável fila de poetisas
prontas pra quererem o belo chapéu...
E quem o tem agora são umas brisas
que bem o fazem voar pelo infindo céu!

Mas como chapéus há muitos Vaninha,
não fiques triste que outro há-de vir
muito bem assentar em tua cabecinha
e a gente atrás dele de novo há-de ir!

«*+*» «*+*»
Mariaa

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Poema da amiga Mariaa do LusoPoemas.

UM MEDO ME ASSOLA



Sentei-me sobre a erva
Olhando o azul do rio,
e o orvalho do salgueiro.
Respirei o ar frio.
Nos meus olhos um fio de sol
despontava.
Lembrei nossos corpos
quando a gente se amava.
Claro despertou o dia!
E as romãs se abriram
Trinavam  pássaros inquietos
Lembro  dias que se seguiram.

Ao longe o melro e o assobio
E as brasas de sol que rompem
Vou olhando o azul do rio
Sonhando,
sonhos em turbilhão,
Enquanto o vôo rasante e mais livre
Me liberta o coração.

Nasci olhando o rio
Dele trago a nostalgia,
a frescura,
a dança das águas,
neste destino em fuga.
O nevoeiro do esquecimento
A ternura e as mágoas
Tudo no relampago dos meus olhos.
Onde se abre o firmamento.

Um medo me assola
No rosto um  golpe de vento
O crepúsculo amadurecido,
passou o dia e o salgueiro chora.
As madressilvas embaciadas
pelo orvalho do entardecer
É hora!
De descansar as lembranças cansadas,
de aprisionar  a vida no sonho
Sonho que põe agora
estrelas nos meus olhos
e me deixa nesta moleza
que me embriaga.
Já a lua se embeleza
E a vida se apaga.

rosafogo
natalia nuno

UM DIA DE OUTONO




Cai a chuva é Novembro
Floresce o chão da vida
Nasce de novo a amizade
... Não me busques ao espelho
Estou aqui...é realidade!

Sou a rosa da saudade.
Já não sou cravo vermelho
Sou o vento e o mar
nas ondas falantes
dum cais a flutuar.

Na esperança de te encontrar.
À deriva caminhei
Na lua, no sol te encontrarei
Na esquina de todos os bocados
Bréu onde te amei
Um dia descansarei...


Poema elaborado p'las cinco Poetas amigas...MARIA GOMES, NATALIA NUNO, ANA COELHO, ANTONIETA OLIVEIRA, MANUELA FONSECA, num dia em que a amizade reinou e vai perdurar.


imagem retirada do blog imagens para decoupage.

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

RASGAR O CÉU

Quem ama
Traz asas de coragem
e sede de amor no pensamento.
Brilha o olhar e na plumagem,
a cor de fogo desse amor seu.
Percorre caminhos,
sempre que o amor o ignora
Continuamente... sem descanso!
Por amor sofre e chora.

Quem ama abandona-se amorosamente,
numa pressão ardente
de dedos enlaçados.
Os olhares se consomem
numa só chama enamorados,
como dois rios de ternura
num sonho todo ele loucura.

Quem ama tece e destece
Se apronta para sofrer,
o que lhe coube em sorte
Mas é sempre o amor que o estremece
e que marca o seu viver.
E até a morte cruel e certa
Apenas o adormece.

Quem ama?
Traz a alma embriagada
Tem sempre a alegria do adolescente
Goza a felicidade ansiada
Gozá-la, é tão sómente.
Estar preso nas redes do amor
E retirar desse fruto o sabor.
Sentir-se arder em louca alegria
Ainda que seja seu último dia.

rosafogo
natalia nuno