sábado, 22 de outubro de 2011

Acendo
...............................
........................................................................o céu
..................................................com o teu coração e uma flor bem não
...............se sente nos teus lábios

.levei mais os teus olhos que os meus e só
não te vi ao longe: fui eu sentar-te, fui só eu
sentar-te ao fundo do espelho a desfolhar os
pardais; quando por aí não andas o vento põe-
se a desenhar as árvores e um lago começa
com outro para que o vejas; na tua sala, nesta
sala apanho os teus vestidos no sol, os pentes,
as lágrimas; e à tarde, o que eu tinha, o vento;
o que pedes vem de longe, fazes-me as rosas
e o sol pelos rins na outra sala dos livros e o
que vem é chuva: dizem-me, sempre os teus
olhos e na espuma da tua voz eu sento-me
depois; as flores, apenas as tuas, voam dos
ramos e com elas a tua mão ao levar o mar,
tão só o mar, como um Novembro de mãos
adiadas sobre a terra; a chuva volta e as suas
mãos eram de um menino com um cisne; não
leves as minhas mãos que se escondem nas
tuas; acredita num rio até que ele nos saía da
alma e de noite em noite leva até à
janela o mar com o café que
hei-de pedir-te depois
entre a digestão
dos ombros
e o Céu

MEU
Amor



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ESTE POEMA FOI-ME DEDICADO PELO POETA TRIGO, uma surpresa no Luso Poemas que me
enche de orgulho. Fico grata ao Poeta amigo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

VOLTAREI A OLHAR-TE

华丽幻想艺术 :  Josephine Wall 天国的精灵插画集 16 - Sleeping Beauty :  Josephine Wall  Fantasy Art Illustration

Meu amor
Voltarei a olhar-te
como da última vez,
com olhar enamorado
A amar-te
Ainda mais talvez!
Sendo agora o amor límpido e delicado.

Vou flutuar
no azul do teu céu
Chorar e cantar
viver e morrer
por este amor que reacendeu.
Olhar-te com olhar enamorado
Sentar-me a teu lado
Ficar longe da terra, perto do céu.

Será nossa de novo a Primavera
Nossos corpos entrelaçados,
onde o amor desespera
desejosos de ser amados.
Chamo-te de meu amor e te elejo
O perfume fresco do meu leito
Onde banho meu desejo
Com esta chama doce-amarga no peito.

rosafogo
natalia nuno
imagem retirada da net.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EM NEGRO CÉU



Ergo ao céu o olhar
Em serena liberdade
E meus anos a queimar
Avivam o fogo azul da saudade.
Desagua em mim uma brisa triste
Ah...se me atrevesse a falar!
Mas esta saudade persiste
E o sol não voltará a brilhar.

Levanto um novo dia
Meus olhos, olham o céu
E em sonhos e fantasia
Esqueço este corpo meu.
Esqueço ruínas meu ouvir ensurdece
A solidão percorre a alma angustiada
As lembranças mais doces
O pensamento esquece
A memória é casa não habitada.

Ergo os olhos ao céu
Sou pássaro que canta e chora
Impelido p'lo vento vai voando
Gorgeios soltando
Arrebatando o silêncio da hora.
Deus meu!
Estou nua de esperança, meu peito mudo!
Me envolve num terno abraço
Me devolve  a esperança e tudo
Tudo até meu ágil passo.
Deixa que o orvalho me embale o sonho
E o sonho dure até à aurora
Nada mais medonho!
Que o ranger da memória,
indo embora.

rosafogo
natalia nuno