sábado, 20 de abril de 2013

site desfigurado



No Luso Poemas, site de Poesia onde há quatro anos deposito meus poemas e onde colho já 327.000 leituras, há a grande preocupação por parte de meia dúzia de ditos poetas de elite de quererem fazer uma selecção onde vigore apenas a poesia que eles acham ser « a boa», e andam armados em críticos, baralhados, no forum cada um dizendo sua coisa e até agredindo-se uns aos outros, apesar de serem eles mesmo os ditos que se acham o máximo. Ora hoje dei lá com um comentário do Poeta que assina ....MERDILOV e diz ser da Rússia, e não resisti a trazê-lo para este meu espaço, ( onde eu sou a maior ), por que de facto, o que ele escreve é exactamente o que por lá se passa, o que querem fazer daquele espaço de poesia de poetas  amadores...  infelizmente em todo o lado há quem queira dominar.
Achei a sua prosa opinativa o máximo, para mim o mais correcto que li por lá acerca do assunto.
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este 1º pedaço de prosa é dum outro


" ...perfeito mesmo seria se houvesse uma forma dos próprios autores, já no cadastro, identificarem-se como "café-com-leite" (conhecem a expressão?). estes teriam um "salvo-conduto" das opiniões, demonstrariam que estão no luso-poemas apenas para passar o tempo, por terapia ou qualquer outro motivo que não envolva literatura..."

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Segregação. Formação de castas que propicia que os que se consideram elites dominem.
Os operários tem que morar em bairros proletários para não importunarem os bem nascidos com a visão que proporcionam aos que se julgam superiores,sua pobreza, falta de modos e falta de educação agridem nobres.
A classe dominante exerce um imperialismo no proletariado e querem trazer esse ranço autoritário aqui.
Na verdade, alguns querem é ficar entre os que se julgam iguais, elogiando-se uns aos outros. Qualquer um que ouse ser diferente é exterminado.

Mas tomem eles cuidado com os próprios atos. A história da humanidade é prodiga em exemplos aplicáveis. Primeiro vão expurgar excluindo os que cometem erros de ortografia e gramática. Não merecem estar aqui. Nos agridem com seus erros crassos.
Livres deles, vão excluir os que tem estilos dissonantes. É literatura menor. Não merecem estar aqui. Não vão fazer falta.
A assim por diante vão excluindo e destruindo a todos que são diferentes até que restem apenas um punhado de puros e bem nascidos que aprovam uns aos outros.
Mas, a fogueira das vaidades não os deixará impunes. Vão começar a policiarem uns aos outros, dentro de seu próprio grupo, atacando-se os iguais. O mais forte é o inimigo a ser batido.
Vai assim continuar num dantesco festim autofágico até que reste apenas um. O melhor de todos. O Puro. O Suprassumo. Venceu a todos. Não há mais quem o desafie.
Ao olhar para seu último texto, ele mesmo não gosta do que escreveu. E num achaque ortodoxo de puritanismo exacerbado retalha-se a si próprio. Afinal, ele é tão puro que não pode perdoar nem em sí mesmo a menor falha.
Fim da tragédia. Fecham-se as cortinas. Acendam as luzes. Mas, será que há alguém na platéia?

Dimitri Smerdilov



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quinta-feira, 18 de abril de 2013

moreno dos olhos negros (fantasia)



moreno dos olhos negros
negros de noite sem luar
trazes contigo segredos
que eu queria desvendar

com teu aroma de cravo
teu sorriso de felicidade
não és rei...e nem escravo
és da estrelas claridade...

teus olhos são sonhos meus
teu corpo rio onde navego
meus lábios presos nos teus
com amor a ti me entrego

meu peito quase não bate
afasto-me desta ansiedade
temo que tanto amor me mate
ou que morra desta saudade

no mundo tudo se move
assim o coração não pára
só o teu é que não ouve
batida, ferida que não sara

sofro a tristeza opressiva
mas que fatal sentimento
teus olhos negros são missiva
não me saiem do pensamento

quem dera pra mim olhasses
com esses teus olhos negros
melhor fora que me amasses
pra desvendar teus sagredos

natalia nuno
rosafogo
img-net

esta poesia é pura fantasia e foi criada próximo  ao ano 2000.


terça-feira, 16 de abril de 2013

uns dias aurora...



canto canções sem fim
imitando o rouxinol
ao sol e em liberdade,
trago-as dentro de mim
do amanhecer
ao fim do dia,
me causam saudade, alegria
ou agonia...
é  bom ou mau nem sei!?
é como um clamor
ou a ilusão dum grande amor.

tão pouco tenho a certeza
se me preenchem o vazio,
mas encontro nelas a pureza
do meu encontro com o rio.
rio que em mim corre
quanto mais só, mais o sinto,

que é em mim tranquilidade
e o sonho que não morre,
a grande necessidade
de me agarrar à vida...
como uma esmola recebida,
que é na boca sabor,
o que mais espero
e quero
nesta ilusão consentida,
que me satisfaz e
me deixo cativa.

na minha solidão em paz.

e eu sempre lembro
e bendigo DEUS que é meu amigo
e prossigo cantando canções sem fim
que trago dentro de mim
e sonho-me menina ainda,
me conheço e me desconheço,
uns dias aurora
outros sol-pôr
brisa que a terra namora
ou duma ideia o fulgor.

barco partindo não sei para onde
folha em  branco abandonada
mas sempre...sempre à vida afeiçoada.

natalia nuno
rosafogo
img.net




domingo, 14 de abril de 2013

coração dividido



nada há em mim de diferente
sou tudo... e o que de mim ficou
mas às vezes fico ausente
num disfarce
de que o tempo não passou.
os meus olhos não me vêem
mas não desmoreço
faço-me à vida
se ela me foi dada
Deus acha que a mereço.

e lá vou levando meu passo
em mais uma tarde que cai
vou escrevendo sobre o que sei
e de tudo falarei,
já que a vida assim abraço
ninguém me ouvirá um ai.

trago o coração dividido,
mas só hoje me lembrei
que depois de ter-te conhecido
metade dele te dei...

ouve bem o que te digo
assim p'la vida prossigo,
olhos nos olhos, mão na mão
trago o coração dividido
e uma lágrima furtiva
acordada na solidão.

o sonho que em mim respira?
é pra mim libertação!

natalia nuno
rosafogo
imag. net


Como comentário do meu amigo João recebi
estas duas quadras excelentes que me deixaram com um brilhozinho
no olhar...obrigada estimado amigo.

«Olá Natália

Teus versos são um encanto
Mesmo de saudade pelo meio
De todos eles, eu gosto tanto
E meu coração, não fica cheio!

Nada em ti ficará esquecido
Da forma ou maneira que for
Tudo em ti é muito querido
Num coração que jorra amor!

João»