às vezes quando a memória
esquece
fico como uma árvore nua
sem folhas, tendo em frente
- solitária, um folha de papel
sem palavras, que me olha triste
e eu ausente.
há uma força que me impele,
estranha, como se fosse caminho
para a memória que parece
em desalinho.
aposto que é ela que tece
e inventa o poema p'la calada
redimida no silêncio
indago-me desta paixão desatada
e lanço palavras ao acaso
a única verdade, é que é a saudade
e o sonho, e talvez a paixão
que dão conta do meu coração
e lá vem ao mundo o poema
com resignação,
e o pressentimento,
do esquecimento, da morte
e do nada
natalia nuno
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