sábado, 11 de fevereiro de 2012

POEMA DE MARIA ANTONIETA

Numa página em branco
escrevi uns rabiscos
Palavras simples
como simples somos tu e eu
E nessa simplicidade
nasceu a nossa amizade.
Nessa amizade partilhamos
palavras de desabafo
de viagens conseguidas
de imagens já vividas
de tristezas e alegrias
de noites e muitos dias
do marido, filhas e netos
de todos os nossos afectos
sem esquecer a poesia
pois foi nela que um dia
afinal nos encontrámos.
De tudo nós falamos
De tudo desabafamos
E nossa amizade perdurará
até que o sol se apague
no entardecer dos nossos dias.


POEMA

DA MINHA AMIGA IRMÃ ...MARIA ANTONIETA OLIVEIRA.


NATÁLIA NUNO
PESA-ME A ALMA na aldeia





POEMA

DA MINHA AMIGA IRMÃ ...MARIA ANTONIETA OLIVEIRA.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SERENEM...SERENEM...!

damas vintage

Não me julguem, nem me condenem
Trago o coração cheio de frio
Serenem...serenem...!
Que minha voz está por um fio.
Talvez regresse na primavera
Mas esse tempo já não será o meu
Também o jasmim espera
cuidar do odor seu.

Não se pode reduzir a distância
O que lá vai passou...
Visita-me ainda a infância
óh minha mãe triste estou!
Te escuto no vento mágico que ocorre
Nesta tarde... manso e invasor
Tudo morre, tudo morre!
Menos por ti...o meu amor.

Tudo é tão belo, porém triste
Oculto em meu coração
Não abandono a esperança
que existe
E na dor te dou a mão.
Onde encontro consolo ainda
quase...quase menina,
para encurtar a distância
volto ao regaço da infância

Agora que o sol declina...

Eu sonho...ao mesmo tempo choro
 e canto
E em solidão acesa
Hoje me sinto ainda tua princesa,
Enquanto durar o sonho..por enquanto!

rosafogo
natalia nuno

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SILÊNCIO

Four Vintage Ladies

Voou amor o meu brilho
Cerro os olhos ao presente sombrio
Esqueço o sonho sigo o trilho
E ao viver não renuncio.
Trago a mente povoada de salgueiros
E o vento é flauta de encantar
Sonho amanhãs como primeiros,
na margem da lembrança a chegar.

Cabelos soltos à velocidade das horas
Andorinhas riem e choram
Também volto a rir e a chorar
Chega a noite sem demoras
Assim te quero, mas demoram!
Teus braços pra me abraçar.

O amor do sonho se alimenta
Passa a tarde, chega a lua,
passa a tormenta...
Passa a saudade, chega o desejo
de ser tua.
E os jasmins no seu odor descuidado
Esquecem o perfume no ar derramado.
Durmo nos teus braços, agora segura
Enquanto semeias palavras de amor e
ternura.

O sol esforça-se por romper
E os dias vão tecendo,
minha voz mais tímida, vacilante
E no rio do meu entardecer,
o sol vai morrendo
instante a instante...

natalia nuno
rosafogo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

QUE HORAS SERÃO?




Marcas da idade
Sinal de cansaço
Cicatrizes que dão saudade
de voltar atrás no passo.
No peito bate um coração
Tenho tanto medo
Que me deixo levar p'la mão.

Sou ainda aquela menina
Do vestido de organdi
E a saudade repentina
Ressuscita, tudo o que já esqueci.
Olho ao longe e vejo
Violetas no jardim
Sento-me no banco, cresce o desejo
E a esperança ainda te traz a mim.

O dia já envelhece
Morre o sol no parapeito
Que horas serão?
Não é que me interesse!
É apenas este jeito,
de querer o tempo parar,
meus lábios dos teus aproximar.
Apaguemos as luzes...
não vá a vida querer nos separar.

natalia nuno
rosafogo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CASA VELHA

Four Vintage Ladies

A minha vida passada
Ergue-se no pensamento ardendo
E as flores p'la madrugada
Ao relento vão morrendo .
Varanda da casa velha
como tu vens até mim...
Casa velha já sem telha,
erva crescida no jardim.
Morre o mangerico a malva,
a rosa e o amor perfeito,
e nem a saudade  salva
do sofrimento meu peito..

A minha vida passada
Corre no pensamento sonora
Ouço oo rio olho a geada.
O sino da igreja dando hora.
Embalo-me no sonho sem pressa
Caminho no seu interior
Vem lá o sol que regressa
Abrindo cada flor.
Eu nasci, hei-de morrer!
Entre nuvens e arvoredos
Na casa velha fui nascer
Hei-de lá morrer sem medos.
E mesmo estando distante
Ainda oiço o seu pulsar
Casa velha instante a instante
Quem me dera a ti voltar.

natalia nuno
rosafogo

domingo, 5 de fevereiro de 2012

MINHA RUA




Vou correndo...vou correndo!
Deixei p'lo caminho a memória
Quantos obstáculos vencendo
Já invento minha história.
Minha rua está diferente,
da que trago no coração.
Onde está a minha gente
Não a vejo por aqui não!

Onde está o meu povo?
Que não o sinto por aqui já!
Nada há aqui de novo...
Nem me sinto bem por cá!

Sorvo a sopa sem vontade
Fico sem pensar em nada
E o peso da saudade
Põe-me a vida desolada.
Roo as unhas de ansiedade
Só vestígios doutra lua.
Mas esta saudade minha,
me transporta um tesouro
Esta rua já não é a minha
Nem o sol brilha como ouro.

Faço pose de rainha
Contenho vasta lembrança
em mim.
Lembro a rua que é minha,
Colho flores uma por uma
Esta é a rua, mais nenhuma

Onde fui flor no jardim...

rosafogo
natalia nuno