
O que ensombra meu rosto?
Que vejo nele aves de lembrança
Dolorosa sombra, algum desgosto
Entreteço sonhos de esperança.
Já o sinto a empalidecer
O frio na garganta contraída
O abismo dos olhos a querer
Deixar-me sem saída.
Quero saber que foi feito de mim
Privo-me de chorar durante o dia
Aguardo a noite sem fim
E bebo lágrimas de melancolia.
Junto as palavras que escrevo
a medo
Faço com elas poemas inesperados
Conto-lhes alguns segredos
Que trago no coração fechados.
A saudade sempre volta e fere
Me deixa a vida alquebrada
Mas eu quero e ela quer!
Ficar em mim e eu por ela enfeitiçada.
Na memória ainda nada se perdeu
Assim posso sempre o passado evocar
Nos meus olhos nada desvaneceu
Chega a saudade e chega sem avisar.
rosafogo
natalia nuno
imagem blog para decoupage
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