domingo, 9 de janeiro de 2011

ESTRADA DA VIDA

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ESTRADA DA VIDA


Abriu mimosa
Era um botão de rosa
Um raio de sol matutino
Uma gota de orvalho brilhando
Mas quiz a sorte ou o destino
Que o sonho fosse acabando.

Agora o sol já não a aquece
No jardim é flor tardia
Sussurra o que lembra e já esquece,
Que hoje é véspera de outro dia.
Quando se abriu em botão
Fez-se uma rosa em matizes
E hoje no coração
Traz saudade de dias felizes.

Corria alegre sem cuidado
Ai esta absurda memória!
A pouco e pouco sumindo
Ai este coração coitado!
Que ao relembrar sua história
Vê ilusão, uma a uma caindo.

Seco, não dá rosas o roseiral
E as pétalas que andam perdidas
Sopradas por vendaval?
São ainda lágrimas sentidas.
Caem os gestos cansados
No vazio deste instante
Os sonhos calhaus rolados
Ao fim da estrada distante.

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

alma disse...

Natália,

como dizia noutros tempos, os adjectivos já se esgotaram contigo.

fica a boa poesia, neste remanescer de pétalas que fruo no mais.

bj

orvalhos poesia disse...

Obrigada Eduarda, é bom saber que uma Poeta como tu que escreve tão bem e tão belo, gosta de ler as minhas simples poesias. Ganho um pouco mais de confiança em mim.

O meu agradecimento sincero amiga.
Beijinho
da natalia

Ana Coelho disse...

Natalia

Adorei este poema

Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Obrigada Ana, também é um dos que gosto, não me saíu mal.

Beijinho