sábado, 9 de abril de 2011

MAIS UM DIA



Sinto-me tão cheia de vazios
Hoje fiquei com menos um dia
de vida
Tantos foram... perdi-os!
Ficou minha mágoa comprida.
Mais um dia que conta
Menos um dia na conta
Vou o tempo rasgando
Já me enegrecem as asas
Vai a Vida enfarruscando
Penas minhas são brasas.

Porque a verdade é só uma
Hoje mais um dia se foi!
Não é mais um, coisa nenhuma
É menos um ...e me doi!

Apelo aos meus sentidos
O ouvido não quer ouvir
Diz serem meus sonhos desmedidos
Não ouve, nem quer sentir.
Apelo ao tacto, ao olfacto
Todos no tempo distante
Ficaram-se p'lo vôo das andorinhas
Só meu coração amante
Ouve as tristezas minhas.

Às vezes me sinto com algum talento
Escrevo com alguma qualidade
Mas logo perco o alento
Se me ignora a saudade.

A Poesia é como um vitral
Ornado que se olha iluminado
Um altar numa catedral
Onde Deus mora e é amado.
Por isso a escrevo sem parar
Meus versos me bebem o sangue
Julguei ter forças para andar
Vou escrever até me sentir exangue.

natalia nuno
rosafogo
imagem do blog-imagens para decoupage

2 comentários:

Odete Ferreira disse...

Gosto mesmo de te ler! Infelizmente recrimino-me pelo tempo de que não disponho. Belíssimas poesias! Bjinho :)

orvalhos poesia disse...

Então e eu não sei como é difícil, visitarmos todos os amigos? Só de quando em quando...te agradeço a visita e o apreço amiga.

Beijinho