segunda-feira, 6 de junho de 2011

SEM O TEMPO SABER




Darei gargalhadas de desprezo
Ao tempo, a este tempo inclemente.
Triunfarei sobre ele, esquecerei o peso
Com que calca minha alma misteriosamente.
Ele que me devora e me agita
AH! Mas não lhe darei guarita!
Atravessarei o vazio, sem temer
Esperarei sem medo seu gesto derradeiro
Farei da minha coragem o eixo do poder
Viverei dia a dia como se fosse o primeiro.

E quando se unir o princípio ao fim
Na imemória, restará alegria
Esgotarei, todo o sol que houver em mim
Atravessarei por fim a noite sombria.

rosafogo
natalia nuno

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