domingo, 5 de junho de 2011

LÁ NA LOJA DO POETA


Lá na loja do Poeta
Pela porta a saudade entrou
E um grito que não foi em vão
Uma sombra se quedou
Quebrado seu coração.
Lá na loja do Poeta
Também se faz oração!
Ainda que ninguém responda
Ali também se dá a mão.
E é o levantar da onda
Uma canção que se canta
Uma lágrima chorada
Que lhe sobe à garganta.

Ali há vida, há promessas
Há dores, há estrelas e ilusões
Mas o Poeta não tem pressas
E escreve...escreve
Ao de leve
Toca em todos os corações.

Lá na loja do Poeta
Também há Poesia
Canta-a de olhos abertos
aos ventos canta amores e traições
e tantas, tantas ilusões.
De quando em quando tem pranto
E palavras...palavras que são encanto.
Tem mãos cegas que procuram
Que dedilham sem parar
Poemas que se emolduram
Nos corações de quem amar.

Lá na loja do Poeta
Tem recordações segredando saudade
E velhas conversas antigas
E há também amizade
Entre velhas raparigas.

Há também recantos escuros
Há sonhos para trás dos muros
Há gritos no tempo parado
E o Poeta só no seu Mundo isolado.

rosafogo
natalia nuno
Poema inspirado no Título do Poema de Dulce Saldanha minha amiga, dos Horizontes.

Imagem retirada do blog para decoupage (imagens vintage)



natalia nuno
rosafogo

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