palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
quinta-feira, 9 de junho de 2011
ENREDADA NA SAUDADE
Trago a saudade ao meu cuidado
No interior do meu peito
E de tanto ter chorado
Passou meu tempo desfeito.
Tenho a saudade fechada
Nos poemas a vou cantando
E a tristeza anda calada
De alegria disfarçando.
Trago a saudade escondida
Num labirinto do coração
Às vezes parece ferida
Se me chega a solidão.
Cá dentro a sinto a crescer
Ora é fogo, ora é brandura
Faz-me a viagem esquecer
Prende-me à lembrança com ternura.
De mim parto, no tempo me perco
É ela sempre quem me afaga
Das memórias eu me cerco
E às vezes os olhos me alaga.
A saudade é meu abrigo
Não há modo de a enjeitar
Se às vezes se torna castigo
Outras me deixa a sonhar.
Ando sedenta de vontade
De voltar à meninice
Evado-me na saudade
É meu delírio, minha doidice.
E nem sequer vacilo ou resisto
Volto aos tempos de então
Não me afasto nem desisto
E é tanta a minha emoção!
Que importa a solidão?
rosafogo
natalia nuno
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário