segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NADA FOI EM VÃO



Memórias são relíquias
Dum tempo que foi passando
Tempo feito de fantasias,
Que me foi deixando.
O espelho fiel da memória
Vai-as  sustentando.
Me acompanham os afectos sentidos,
Nada foi em vão
Hoje, a pouco e pouco restituídos
P'la memória
Directos ao calor do coração.

Tudo permanece,
As coisas... tudo o que amámos!
Jamais  se esquece.
Só nós mudámos!

Vagueio entre o passado e o presente
Sempre que a memória me ajudar,
Lembrarei festivamente
E me deixarei inebriar.
Apesar da vida ser rochedo de solidão
Lembrá-la, embala o meu sono
E me tráz consolo ao coração.
E porque se desespera,
Quando se espera!?
Já sinto dela,
um pouco de abandono.

natalia nuno
rosafogo

imagens retiradas do blog
imagens para decoupage.

3 comentários:

Sentidamente disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sentidamente disse...

De facto nada foi em vão! É muito bom ter um passado que gostamos de lembrar! Muitos há que não têm esse previlégio!Como é igualmente bom ter um presente que nos permita olhar para trás e recordar. Gostei! E destaco esta parte final que achei especialmente linda!

"Apesar da vida ser rochedo de solidão
Lembrá-la, embala o meu sono
E me tráz consolo ao coração.
E porque se desespera,
Quando se espera!?
Já sinto dela,
um pouco de abandono."
Beijinho

orvalhos poesia disse...

É certo que o tempo não volta atrás, e já que não se pode agarrar, vamo-nos agarrando às lembranças. Agora é uma outra juventude que temos p'la frente a de aprender a envelhecer, já que a outra de aprender a crescer já passou.
Mª de Jesus, fiquei muito feliz com a visita.
Espero que a amiga esteja bem, com saúde.

Beijinho para si e para a Catarina.
Obrigado por ter vindo.