doem-lhe os pulsos de tanto rasgar o medo que a envelhece, oxidam seus olhos que correram mundo e, nas ribanceiras do peito há dores sem jeito...na mente memórias em labirinto, a morrer de cansada a vida a leva e a travar-lhe a estrada o tempo que a ameaça... numa tristeza sem idade sente a saudade da perdida graça...leva o rosto carregado de nuvens mas não se deixa desfalecer, chegou à fronteira, tanto faz um passo à frente, ou outro atrás, tudo parou de correr, traz o olhar envolto em poeira e jamais se vê como era, mas ela espera... fala-lhe o coração da voz das manhãs, dos lírios a abrir, dos moinhos de vento, das heras a trepar, ainda não é o definitivo anoitecer, há labaredas que a fazem aquecer e um jardim de ideias onde se procura por dentro da madrugada, até ficar a voltar cansada...
nnuno

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