oscilam as velhas roupas molhadas nos estendais, enchem-se meus olhos com memórias quase destruídas, imagens já tão vagas, algumas ainda guardo quando espero o poente e lembro minha gente...sinto a mão do pai na minha e a noite fica mais tranquila, ouço as conversas à volta da mesa, enquanto adormeço e os sonhos caem no vazio, como presentemente, mas esse tempo já partiu, e de repente tantos anos, cai a primeira lágrima de resignação e uma angústia mais certa, que surge tatuada na escrita, ao peito se agarra e me persegue como uma sombra, logo um acre frio cortante me afugenta a memória.
nnuno

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