quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

quase o desalento...



o rio que carrego corre ao mar, traz-me a saudade que da nascente lhe vem, há noites em que o ouço soluçar, porém das mágoas não conto a ninguém... no leito leva feridas com lágrimas sobre elas caídas, é noite e o silêncio se adensa, só a mente não descansa e pensa: como a vida é coisa estranha e o medo logo se entranha.

- foi-se a primavera, o verão surge a inquietação, chega o outono, abre a porta à desilusão... com mais certezas que esperanças, corre ainda o rio om alguma ousadia, então corro atrás com o coração e a alma vazia, como quem se afoga perdida na maresia, com ar ofegante quebra-se meu fluir, há um murmúrio escondido no resto da apagada voz.

- a memória imóvel, em desassossego um novo gemido...

nnuno

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