não sei por quanto tempo seguirei esta sucessão de instantes, ainda que o meu coração vá batendo, e assim o corpo obedeça, aqui pertenço por enquanto ao mundo dos vivos, resta-me um pouco de felicidade, todas as manhãs sinto-me como ave que regressa de longe e encontra poiso na doce geografia do ano anterior, deixo adormecer algumas memórias vou ainda com alguma força, fazendo com que a luz que me segue, tenha algum brilho... embora já não seja como antes para mim, o tacto das flores, o riso das águas, nem o voo belo dos pássaros...
- trago as minhas pouco apuradas palavras tão perdidas na minha imobilidade que a nostalgia já me está chegando no turvo silêncio da tarde.
nnuno

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