
(pequeno texto)
Estava aqui a pensar, ou por outra a falar com os meus botões, que preciso de umas palavras requintadas, palavras de classe, não preciso saber o significado, mas sem dúvida tenho que aprender algumas, é que as minhas palavras são palavras de trazer por casa, palavras simples, claras como a água dum ribeiro, palavras do dia a dia, pão pão, queijo queijo, palavras de pé descalço, mas de facto com meus cabelos já embranquecidos não tenho paciência para melhorar o
vocabulário, ainda assim, lá terei que aprender uma meia dúzia dessas de sair à rua. Palavras bonitas e finas entrecruzam-se no meu sonho desde a minha infância, mas o sonho se apoderou do tempo e da palavra, e eu, fiquei assim acertando as ideias, na esperança de como dizia ainda há pouco, de aprender mais algumas. É que eu sou um poeta louco, sonhador, um visionário, um dia rindo sem pranto, e logo no outro chorando.
Triunfadora a palavra em mim nasceu,
foi o destino que me fadou,
assim ela em mim cresceu
Poeta a vida me sagrou.
Esta loucura, é passageira, estou a tentar escrever prosa, mas já vi que que não vai ser farta a minha lavra.
rosafogo
natalia nuno
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