segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PERDIDAS AS ASAS


















PERDIDAS AS ASAS

Este poema meus sonhos confunde
Deixa-me o peito a latejar
Deixa que no meu sorriso abunde
O medo de me lembrar.
Passou a manhã por perto de mim
Efémera manhã sem alegria
Depois a tarde sem fim
Onde só a solidão na minha alma cabia..

As minhas lembranças já definham
E o poema magoado, não resiste
É meu fado, todas elas tinham
dentro, o silêncio que em mim existe.

Este poema é feito das cicatrizes
Dos sonhos que em mim morreram
Do pressentir de dias menos felizes
E d'outros que no rumor da vida, aconteceram.
Este poema, não tem nada pra esconder
Estes versos inúteis são minha alegria
e meu fardo.
Minha vida vazia
Último suspiro da minha boca fria
E a lembrar que hei-de morrer.

Mais um poema que guardo.

rosafogo
natalia nuno

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