sábado, 25 de dezembro de 2010

PALAVRAS DITAS














PALAVRAS DITAS

Imperfeito este poema que fala de nós
Revirou os retratos das molduras
Desarrumou nossos sentimentos
Ficou no silêncio a estrebuchar loucuras.
Vive  num vale de lamentos
É como um sonho de quem por amor morre
Grita, grita, deixando-me  à toa sem voz.

Poema que me deixa exausta, que corre,
Corre e não deixa notícias de ti
Poema imperfeito, como a vida que morre
O poema mais triste que algum dia escrevi.
Lembra um coração  explodindo
Lembra uma despedida que é já saudade
Tem a força do vento, é tempestade
Poema que é tudo o que estou sentindo.

Este poema põe meus olhos parados
E é meu sangue a tinta com que o escrevo
Num silêncio maior que o Mundo
Andam meus sonhos desencantados
Falar de Amor já nem me atrevo!
Nem das flores que me trouxeste
Profundo, é o desalento que ao poema devo.
Por ter chamado por ti e não viéste.

Imperfeito é este poema que sei de cor
Nada, nada, sei apenas do teu beijo o sabor.
Tenho medo de esquecer tua voz!?
Ou que este poema se esqueça de nós.

É só mais um poema, a quem empresto,
já quase nada, só  saudade, morreu todo
o resto.

natalia nuno
rosafogo

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