segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

E NADA TEM SENTIDO














E NADA TEM SENTIDO

Caíu o dia  e a noite veio chorosa
Sem estrelas e sem luar
E minha alma ansiosa
Em farrapos, põe-se a gritar.
E nada tem sentido
Nem as folhas secas que caíram
Nem o céu que chora comovido
Nem minhas palavras que não respiram.

Caminhei para o  futuro
P'lo tempo fora, e agora!?
Nesta noite tudo é escuro
A convencer-me que é hora.

Que futuro? Que cilada?
Que rumo?
Não sou nada!
Talvez  sombra talvez fumo!?

O dia trouxe tempestade
A noite chora em solidão
No meu sentir a saudade
Dos caminhos, do meu chão.
Andam meus pés já nus
Caminho descalça de sonhos
Nos olhos já  não trago luz.
E a Vida a impor-me dias tristonhos.

Já a noite se enreda na minha dor
Nas minhas lágrimas choradas
Sei estes meus versos de cor
Palavras,
Na garganta entaladas.

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