terça-feira, 18 de março de 2025

o sol que avisto da minha janela...



Hoje o sol que mal avisto, olha-me com seu olho negro por detrás das nuvens, deixando-me a sensação que me abandona de vez. Golpeada por uma luz cinzenta, a vida é cada vez mais depressa lavareda sufocante que me queima os sentidos, até que tudo se distancia na memória. Desvanecidas as lembranças fico ouvindo o vento, e contemplo a chuva que corrompe a esperança e o frio nebuloso traz-me o tremor como se fosse a última folha caída da tarde, e impede a alquimia da minha mente, de voltar às lembranças.

natalia nuno

1 comentário:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Natália!
Muitas vezes é bem melhor que a memória vaja se apagando levemente para caberem novas emoções vibrantes.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos