quinta-feira, 3 de março de 2011

DEIXEI-ME A SONHAR



Deixei-me transportar
Aos dias do passado
Deixei-me a sonhar.

Minha alegria ficou triste
Entrei com cuidado
Mas lá já nada existe.

Só o rio continua a cantar
O salgueiro chora sobre ele
a mágoa.
O velho moinho continua a andar
E o ceu azul espelha-se na água.
Já o forno não coze o pão
E a velha mercearia?

Pobre do meu coração
Sofre a tristeza e a alegria.

Hoje não lavo no rio
Nem ponho a cantara à cabeça
Minha vida por um fio
Já nem há quem me conheça.

Molham-se me os olhos
Com esta saudade que me domina
Lembro a menina do vestido aos folhos
Lembro, lembro sempre essa menina.

rosafogo
natalia nuno

imagem retirada do blog-imagens para decoupage

2 comentários:

Unknown disse...

Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos.

Beijo e bom fim de semana.

orvalhos poesia disse...

Sonhar é um previlégio, que ainda nos vai sendo concedido.

Grata pela visita, tudo bom para ti.