quinta-feira, 8 de junho de 2023

do pouco que resta...



memórias transparecem
e deixam o poema a chorar,
onde houve fogo e calor
há escuridão,
e saudade a marear
fecho a alma e o coração
e se o amor quiser entrar
cuidaremos desse amor
que no dia de ontem esmoreceu
sem doçura, nem desejo,
na lembrança tudo o que se perdeu

sustenho a saudade do olhar teu
pedaços de recordações me seguem
agora, sem luz meu horizonte, é
caminho indeciso, perdido o sorriso, 
nostalgia do pouco que resta
o esquecimento já me sombreia,
a longevidade não é uma festa!
há sempre um nada, que me aguarda,
um curto pensamento, como o rumor
do vento, que o medo semeia.

natalia nuno
rosafogo





4 comentários:

Roselia Bezerra disse...

"... se o amor quiser entrar cuidaremos desse amor".

Olá, querida amiga Natália!
É preciso cuidar, o amor exige trato fino.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Sem dúvida querida Roselia, a poesia dá para delirarmos sobre nossa criatividade, falar de amor, é mais para matar a saudade do tempo em que tudo sorria, agora escrevo mais sobre outros sentimentos que ainda me fazem companhia.

Beijinho, tudo bom.
Obrigada pela presença.

Cidália Ferreira disse...

Um poema muito belo! Obrigada
.
Tenho saudades ...
.
Beijo, boa noite!

orvalhos poesia disse...

Grata amiga Cidália pela visita e leitura do poema.
Excelente dia desejo.
bj.