domingo, 9 de agosto de 2020

no silêncio d' alma...



lembranças são testemunhas
do meu silêncio
enquanto a tarde desvanece
escuto os pássaros na folhagem,
tudo à minha volta escurece.
também a minha imagem
como o sol vai desaparecendo,
esplendor sem futuro, morrendo
e na despedida do outono
um caminho duro, de esquecimento
e sono...
jardim ermo sem rosas, vazio
a sede de sonhar por mim passa,
o rio que me envolvia fez-se mar
sulca-me o rosto retorna e fustiga-o
esquece as margens de flores, a graça
que nele havia,
inunda meus olhos dia após dia...

recordo meu amor que era inteiro
e tanta a ternura cega
onde será seu paradeiro
que não têm hora nem entrega?!
é tamanha a minha fragilidade...
que me aflijo e consumo
mas novo dia começa,
sigo meu rumo
e as lembranças são já «Saudade»
que me acode ao coração
que tilintante bate e não cessa.


natalia nuno
rosafogo

3 comentários:

Gracita disse...

É no silêncio da alma que lembranças afloram com mais intensidade
O poema é lindo!!!!! Envolvi-me completamente querida amiga
Beijinhos e um feliz domingo

chica disse...

Maravilhosa poesia! Beijos,chica

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de domingo querida amiga Natália!
"... a sede de sonhar por mim passa"...
Mas a poesia permanece linda...
Tenha novos dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno