segunda-feira, 10 de agosto de 2020

o brotar da nostalgia...



cansadas docemente sobre o regaço
gestos multiplicados sempre iguais
mãos hábeis... morrendo de cansaço
cálices de amor q' agora não são mais

perdidos andam  pensamentos à toa
procurando-me cada vez mais no fundo
solidão, carência nada há  que não doa
despojada de sonhos invento meu mundo

perco o olhar, não há sonhos ou desejos
apenas se esgota na distância do que vivi
lábios, já não se entregam aos teus beijos

passam as noites e não vislumbro nos dias
a ternura cega que vinha falar-me de ti!
do quanto, fervorosamente tu me querias.

natalia nuno
rosafogo









2 comentários:

chica disse...

Linda ,mais essa,Natália! LÓtima semana! bjs, chica

" R y k @ r d o " disse...

Soneto fascinante de ler.
.
Abraço poético