terça-feira, 25 de março de 2014

já o sol me foge...

 



Extingue-se o sol
adormecem já os pássaros
murcham as rosas
e eu sem dar conta,
sinto o travo da vida
que vai a uma ponta,
tudo se passa ao redor
e eu pássaro faminto de amor
deixando cair uma lágrima
que se anula perdida
p'lo rosto caída.

Acentuam-se os sinais
e a memória a obscurecer
e este tempo que passo a passo
num constante caminhar
me vai tirando o traço,
já o sol me foge
já nem ele me aquece
já minha vontade esmorece.

Deixo versos interrompidos
na incerteza de a eles voltar
deixo neles meus gemidos
levo-os nos olhos a chorar
Sinto as horas rainhas
onde já tudo é passado
saudade das raízes minhas
que exaltam meu viver
e deixam meu ser, outro ser.


natália nuno
rosafogo



2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Nathalia

Eu, o sol, de ti não fugirei!
Adoro imenso tua poesia!
E sempre contigo andarei!
Degustando a tua magia!

E para que não fiquem dúvidas… declaro publicamente que, Eu, o sol, o autentico, o verdadeiro, e, com a devida vénia, deixo o meu agradecimento á poetisa menina Natália por tudo que já fez e continuará a fazer pela poesia. E ainda com a garantia que teus poemas andarão comigo até ao fim do meu brilhar!

E este meu amigo e companheiro beijaflor, fica testemunha de que tudo será cumprido! Palavra de sol nascente, a poente!

Como vez minha amiga podes dormir descansada e sempre com sorriso de orelha a orelha!

Beijinhos

João

orvalhos poesia disse...

Foge-me o sol mas não fogem os verdadeiros amigos, aqueles que me dão força.
Gostei da tua declaração, oxalá tudo assim seja como nós dois desejamos, eu contando com tua amizade e lendo-te e ter também toda a coragem para continuar de pedra e cal na poesia.

Beijinho, boa semana