quinta-feira, 2 de maio de 2013

solfejam andorinhas


anda o coração assolado p'lo vento
minha alma enfeitada de solidão
a voz campainha de porta avariada
lamento, vazio,
ao alcance da mão
quase nada...

é assim que me vejo
soprada p'lo vento norte
prossigo calada
com medo do tempo
e da morte.

solfejam andorinhas
vêm vestidas de negro
óh saudade onde ando perdida!
fincada no coração em segredo.
palavras minhas
que habitam da minha alma
o chão,
lembranças minhas
que são minha condição.

natalia nuno
rosafogo
imag.net

2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Primavera tempo de renovação
Onde as andorinhas fazem ninho
Tempo que faz bem ao coração
Por vê-las entrar de mansinho!

Olhar as andorinhas ao fim do dia é um espectáculo deslumbrante! A tua alma é fértil em lembrar a natureza, que nunca se cansa de louvar os seus feitos! Bem hajas também por esse facto, pois também sou dos que gosto de apreciar toda a sua beleza. Até aos mais ínfimos pormenores!
Beijo
João

orvalhos poesia disse...

Olá meu amigo

Gosto sim de lembrar a natureza, nasci bem no seio dela e me encantava já em pequena, a liberdade no meio dum pomar só quem sentiu sabe dar o valor, ou um banho no rio, um baloiço num ramo, com pouco fui criança feliz tantas vezes só com a companhia da natureza.

Espero estejas bem,
um beijo João, tudo bom grata pela visita.