palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
quarta-feira, 9 de maio de 2012
UM AMOR CEGO
Louca era a sede
que tinha de viver
Rubra flor, semente.
Alimentada da terra
Como a fui perder?
Nesta corrente
Neste tempo vigia dos meus dias
É escura a minha esperança
Estou orfã das minhas alegrias
E na memória rescaldos
fugazes da criança.
Como a este domínio fugir?
Se a minha paixão p'la vida persistir?
Porque se esconde este inimigo
que em mim se abriga?
Será castigo?
Ou é a razão que me castiga?
No sonho me afundo,
e ao tempo me nego.
Meu querer à vida é profundo.
Espreito os anos passados num amor cego.
Mas de verdade...
o que eu queria era fazer
um poema de saudade.
Um poema que por mim falasse
Mas o verso continua a fugir
Tomara eu o encontrasse,
mas não, não se deixar prender.
A rir de mim a rir,
e de toada em toada
a vida me é levada.
O tempo já pouco sobra
meu sonho já anda mais devagar
É o tempo que tudo me cobra
Nem me dá tempo pra pensar.
natalia nuno
rosafogo
imagem da net
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário