segunda-feira, 23 de abril de 2012

NA FRONTEIRA DO SONHO









Nasceu o dia como outro qualquer
Ouço o som da água e o vento
que sopra agora
Os choupos mostram coragem ter.
Importa apenas o tempo que resta
por hora.
O resto é sorte!
É andar talvez sem norte
Deixar penetrar no coração
a primavera
E ficar à espera.

A mocidade só se tem uma vez
na vida
Manancial de recordações, inesgotável
até ser esquecida.
As açucenas embelezam o jardim
espalhando um aroma intenso
Já ninguém pergunta por mim
Nem p'lo amor à beira de água
imenso!

Deixo de sentir o coração
Apenas ouço o vento que faz
a porta chiar
Perscruto a noite e a escuridão
A lua vai as nuvens a empurrar.
Na fronteira do meu sonho
a solidão.

natalia nuno
rosafogo


Sem comentários: