sexta-feira, 13 de abril de 2012

ALGUÉM ME ABRIU OS BRAÇOS


Alguém me abriu os braços
No umbral o vazio
Me perturbam os passos
Nas minhas paredes o frio.
Afogo-me no tumulto que me invade
Solto a angustia de par em par
Visto-me de lembranças de saudade
Minhas asas prontas a quebrar.

Alguém me abriu os braços
Sonhos de regeneração sem par
A buscar-me em noites longas de cansaços
Até que a aurora nos venha velar.
Até que a manhã seja realidade
Deixando a tona de água a boiar
O resto do sonho e da saudade.

Abre-se a noite e a luz decai
Nada resta só lembranças
Passa o vento sobre as folhas lentamente
Revivo na memória o que não sai.
O coração agrilhoado dentro de si
Afadigado continuamente
Num vai vém a querer viver
aquilo que não vivi.
Alguém me abriu os braços
De estranho mundo chegou
para povoar minha solidão
Com abraços...
Será sonho ou obsessão?

natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

Unknown disse...

Bom mesmo é abraçar a vida e viver com paixão..

Beijo e bom fim de semana.

orvalhos poesia disse...

Olá Manuel tens razão amigo, viver cada dia e agradecer a dávida dos que ainda possam vir.

Bj. obrigada p'la visita.