sábado, 17 de março de 2012

CERTAS HORAS












Labirintos percorro em certos dias
Que vão do sono ao adormecer
Certas horas de invernias
Onde não sou, nem deixo de ser.
Não chego a um entendimento
nem sei se durmo ou estou acordada
Não sei se sou real e me impaciento
Não sei se morro, não sei nada.

Sei que já vai longa a distância
Sei que é demasiado o caminho
Sei que lá atrás ficou a infância
O frio me toca a morte pertinho.

Não sei se o que me espera
 é dor maior
Se a solidão é meu destino
Já não sei dos meus olhos
qual a cor
Nem que será de mim eu descortino.

Bato asas no silêncio tempo fora
Já nada sou, não sou ninguém!
No peito um coração, mas por hora
Tão pouco importa, nem sei a quem.
Neste meu nada entra a solidão
Dos dedos escorrem palavras de agonia
Ah...mas cá dentro o coração
com esperança dum novo dia.
E tudo muda, ideias e sonhos
Tudo em mim desperta, extravasa,
nos meus sentidos com alegria.

A vida é luz, em mim se cumpre.
com humildade.
E con(sentida) saudade.

rosafogo
natalia nuno

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