
A geada me quebra,
Mas meu coração escolheu viver
Se mudar esta sorte
E o frio me arrefecer?
Surjirá a visão expectral
da morte,
e no peito um vendaval
reclamando que é hora.
Sentir-me ei a afastar da terra,
irei embora,
com flores e odores.
A alma, a levará os ventos
Tocarão os sinos
Ouvirei lamentos.
Provarei o sabor
da terra molhada
Despedir-me-ei do horizonte
E irei do nada para o nada.
Um pedaço de terra a monte.
Ali os restos ficarão caídos
Não se ouvirão mais gemidos.
A VIDA é este apagar!
É este machado cortante
Traz o desejo de enganar
É companheira e
da MORTE amante.
rosafogo
natalia nuno
imagem retirada do blog decoupage.
2 comentários:
Magnífico poema.
Simultaneamente triste e verdadeiro, mas ainda assim muito belo.
Parabéns pelo teu talento.
Beijos, querida amiga Natália.
O dia cinzento, chuvoso e melancólico, originou este poema também ele triste.
<gostei da tua visita, grata meu caro Poeta e amigo.
Beijinho da
natalia
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