
Arrumo os pensamentos
Antes que chegue o Inverno
Antes que o fio dos esquecimentos
Transforme a vida num inferno.
Enquanto a noite não desce
E às sombras deixa o coração
E a solidão não acresce
E me deixa prostrada no chão.
Mais depressa do que devia
Antes que faça e desfaça
Pobre de mim que seria,
Se este tempo que passa
Me amortalhasse de medo
Num chão seco, me enterrasse
em segredo?
Arrumo sem hesitações
Pensamentos, sonhos e ilusões
Faço o caminho sem paragem
O tempo me trouxe limitações
Mas eu insisto na viagem.
Meu rosto já não sabe quem é
Que importa, se este rosto já foi?!
Meu corpo é árvore que morre
Morre de pé
Tão breve que dói
Esta vida que corre!
rosafogo
natalia nuno
2 comentários:
Gostei do teu poema.
Muito bom.
Beijos.
"Uma ferida cura-se melhor que uma palavra."
Beijo.
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