quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MEU ENDEREÇO

MEU ENDEREÇO

As ruas, as ruelas
Relembro cheia de nostalgia
As casas branquinhas, as janelas
Transbordantes de vida e alegria.
Haveria tanto a dizer
Sem esquecer nenhum pormenor
Recordo com amor
A aldeia que me viu nascer.

A soleira das casas
Lembro tudo sem pestanejar
É como se tivesse asas
Um perfume estranho
Onde gosto de pairar.
Sonho tamanho
Tal como sonhos de adolescente
Diante dos meus olhos tudo passa
Nos meus sentidos bem presente
Até a graça!?
Das descobertas de então
Dos receios, dos devaneios
E da antiga paixão.
O poço algures, o adro além
Vestígios disto e daquilo
Já vestígios de ninguém.

O teu cheiro,
o orvalho da madrugada,
a praça, o terreiro...
O teu rio entoando melodia
Trago-a no coração guardada
Para ouvir até ao meu último dia.

À minha aldeia.

rosafogo
natalia nuno

4 comentários:

alma disse...

Natália,

Por motivos de saúde estive ausente e não pude respirar as tuas palavras.

Este hino à tua terra, às tuas memórias são o rio da certeza, da plenitude dos cheiros e sabores que te fizeram assim.

bj

orvalhos poesia disse...

Oi amiga, desejo muito que já estejas recuperada, a saúde é um bem a conservar.
Obrigado p'lo teu carinho, é sempre um motivo de orgulho receber o teu apreço.

Beijinho Eduarda.

Avozita disse...

Recordações do berço onde nasceste,
viveste e trazem saudades.
Belo como sempre.

Beijo
Antonieta

orvalhos poesia disse...

É verdade, um pedaço tão pequeno de chão mas que trago enraizado na memória e no coração, de vez en quando é uma necessidade poetar sobre ele.

Bj Antonieta.