sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

QUANTO TEMPO, QUANTO?

QUANTO TEMPO, QUANTO?

Há quanto tempo, quanto?
Pergunto eu desvairada
Assim se esvai meu encanto
Amparo desta caminhada.
Por onde andam os pensamentos
E esta tristeza que não se cala?
A vida não pode ser só tormentos
Sofro de fé, esta fé que não abala.

Por que destino incerto me perdi?
E os anos, os anos são eles tantos!
Falei de amor, falei de dor, entardeci
Quantos são os anos, quantos?

O tempo é agora de saudade
Tempo que corre da nascente à foz
Já me perdi na idade
Trago entaramelada a voz
Já sou tão pouco, quase nada
Já me apanha o tempo veloz.

Faço um balanço pelo caminho
De todo o passado que vivi
Somo o perfume do rosmaninho
E subraio o que sofri.
Meus versos são minha arma
Já me conhecem de cor
Nada nem ninguém me desarma
Sabem que à vida tenho amor.

Eles são minha linguagem
Há quanto tempo, há quanto?
Fazem de mim mulher coragem
São sonho que eu acalanto.

natalia nuno
rosafogo

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