quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ESPELHO MEU




Espelho meu que me deformas
Ou fazes de mim pura invenção
Te desprezo. Não me conformas!
Vou partir-te em mil, pela traição.

Já não me surpeende o que em ti vejo.
Tens qualquer coisa de tempo revolto
Passaram sóis e luas tempo malfazejo!?
Que me retém num laço,donde não solto.

Se vivo ou morro, ou caio por terra
Ou se imploro, pedindo socorro...
Nada fazes por mim, apenas guerra!

E nesta dor, nem sei se rir ou se chorar?!
Quem tanto teve, nada tem!? Apenas morro!
Não serei mendiga, nem queixa vou murmurar.



rosafogo
natalia nuno

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