domingo, 19 de fevereiro de 2023

teço e desteço a minha própria realidade

 


teço e desteço a minha própria realidade

trago em mim um labirinto de ideias
outras vezes, trago em mim luz e claridade,
memórias e desmemórias enredadas em teias,
passa um calafrio no meu corpo esquecido
caindo em ruínas num silêncio arrebatado,
sinto passar contra ele o tempo unido.

ainda que sonhe, o sonho mais desejado
quando a noite chega, sinto pavor
quem me empurra para fora de mim?
já não sei da alegria nem do bom humor
nem do ar que me trazia as fragrâncias do alecrim.
tudo mudou mas algo inda me faz perceber
que meus versos são todos eles liberdade,
de palavras verdes,  que não me deixam morrer
dou asas ao meu voo e vivo de saudade.

natalia nuno

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