sábado, 25 de fevereiro de 2023

sigo errante de mim...


há uma imensidade de lembranças
que doem na memória,
e há uma ameaça nas esperanças
que vêm trazer à vida as incertezas
sigo errante de mim
treme meu corpo, dum frio sem fim.
há lugares estranhos onde nunca estive
mas é como se tivesse o mundo em meus braços
e é na luz caída da tarde
que o sonho em mim vive
levando meus passos.

sorrio, porque é grato recordar
embora o silêncio rasgue meu rosto frio,
mas, o amor que nos uniu, não se deixa
cair no vazio.
chegou o outono e descarregou a tristeza
fez do coração estadia, com subtileza,
agora a vida é apenas esperar
melancolicamente confundidos
que o tempo apertado, talvez possa parar.
que imensas são agora as madrugadas
onde a mente não tem limite,
vagabunda percorre as estradas
longas da vida
enquanto a saudade desliza no peito
e nos olhos a esperança sem jeito
sem mais vida oferecida.

natália nuno
rosafogo



3 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de sábado querida amiga Natália!
A intensidade nos deixa "transtornadas" no que fazemos pois somos inteiras e nem sempre a vida nos oferta o mesmo.
Como sempre um lindo poema no seu melhor, amiga.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos

orvalhos poesia disse...

Grata querida Roselia, desejo-te também um bom domingo, sê feliz.

Graça Pires disse...

"É na luz caída da tarde que o sonho em mim vive". Sonhar para que as lembranças não doam na memória e a saudade não magoe o coração. Lindíssimo e nostálgico poema.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.