este zumbido que me enlouquece
restos de festa soam-me na mente,
como enxame de abelhas em festim
e se o corpo desfalece
e o coração já não sente
é o fim...
ou o principio do fim!
jubilosa, festejo ainda
a vida, resignada como rosa
desfolhada
com esta dor que não finda.
como malmequer que não
resiste ao vento
também o sonho vai caindo
no esquecimento.
há coisas que a gente não esquece
olham-se em silêncio as molduras
enquanto o tempo nos envelhece,
o coração, é pássaro de penas escuras.
e um apertado medo
arqueja na almofada
chora até de madrugada.
natalia nuno
rosafogo
2010
2 comentários:
Como sempre deixo o meu aplauso e elogio a tão sublime poema.
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Um domingo feliz.
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Que profunda e linda poesia Natalia.
Uma elegância admirável no poetizar com um final fantástico.
Uma linda semana leve e alegre com poesia.
Abraços com carinho
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