solitária, sou a sombra que resta
ansiando que o dia nasça,que rompa a claridade
que seja motivo de festa.
o que em mim resta de saudade,
é este meu poema que germina
fruto da minha imaginação,
meu olhar desafia meu rosto de menina,
numa catarse derradeira
sofrida, agora apenas recordação.
vou remoendo o escoar da vida
trago tudo apertado no peito
olho a geada, daqui a nada perdida
reinvento para que o dia seja perfeito.
vou renascer!
nem que seja na minha remota lembrança
e num doce bálsamo adormecer,
sonhar com meu universo de criança.
de todos os lados do céu
um eco desprendido da infância
lembranças acariciadas
por minhas nostálgicas mãos
nestas horas aprofundadas
em viva ternura
com a saudade que em mim perdura.
natalia nuno
rosafogo
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