que trago espinhos
ninguém diria,
expurguei a solidão
segui outros caminhos
e hoje em dia,
trago paz no coração.
abraço o remanso
deste rio que existe em mim,
e não é que não me atente
a água que canta na mente
utopia e saudade sem fim.
o tédio às vezes cresce tanto
que meu pensamento cria
asas de liberdade,
enquanto o sonho acalanto,
logo uma porta larga se abre
à saudade...
às searas ondulantes ao vento
aos sóis nascentes, às manhãs
de tempo ameno
o olhar sereno, sustém o tempo
e a solidão, o pensamento
vai criando com ousadia
asas para o vôo de cada dia!
e o coração?
ora revolto ora manso
vai procurando poiso para o
descanso!
Olho-me com olhar de desconfiança
vou acenando a despedida
levo comigo a criança
que caminhou a meu lado toda a vida.
natalia nuno
rosafogo
poema esquecido na sebenta
data de Janeiro/2012
4 comentários:
Sempre muito lindas tuas poesias! Adorei! Bjs,chica
Boa noite de domingo, querida amiga Natália!
O coração é bem assim, ora revolto ora manso... e a poetisa vai compondo versos de acordo com os altos e baixos, os movimentos do caprichoso coração.
Tenha uma nova semana abençoada!
Desejo que esteja bem melhor, amiga.
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Obrigada Chica, boa semana, beijinho
Olá querida Rosélia
a minha poesia é muito focada na nostalgia, nas lembranças, talvez um pouco triste, dizem os amigos que lembra a poesia de Teixeira de Pascoaes, nada li, nada li tenho de confirmar, apenas ouvi declamar um ou dois poemas desse Poeta e não devo nem sequer ter semelhança.
Boa semana para ti amiga, ando a arranjar coragem para ir passear um pouco, estou no limite por causa deste confinamento, graças a Deus parece que está mais calmo, já houve pouco casos e apenas uma morte, mas todo o cuidado é pouco.
Beijinho fica bem.
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