segunda-feira, 11 de novembro de 2019

range o tempo...



trago um poema a rasgar-me
o peito sem luz, nem brancura
perturbador, perdido
num choro sentido
traz-me presa à solidão
e o coração é um cavalo desbragado
neste poema que eu sonhava dourado
poema que se evade e me deixa
na saudade...
um dia sonhei o que nunca veio
e a felicidade perdeu-se p'lo meio.
folhas moribundas,
morrendo já na obscuridade
ali na terra fria
no meu sonho sou um instante já perdido
saudade morrendo dia após dia.

natalia nuno
rosafogo

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