sábado, 22 de junho de 2019

coração doído...



a luz que o sol distribui tão generosamente tudo gera, é ele o olhar da manhã que aquece o dia e esmaga a noite, adoça a vida, com sua mão quente percorre o nosso corpo, e depois corre disfarçado por entre as sombras e vai deitar-se por detrás do horizonte, deixa a saudade o cansaço os sentidos adormecidos e a luz se fecha. E as rosas respiram o orvalho da noite, nos montes tão velhos quanto eu  o dia e a noite faz-se paz... até que ensolarada nasce a vida de novo no dia que clareia...nas telhas partidas dos telhados já entram raios, é o sol que abre as pestanas dizendo bom dia à terra, e o ar do campo é lavado e saudável, acordam os girassóis, não há tempo a perder que o sol vai caindo calmo e tranquilo fechando os olhos...lá cai mais um dia!espero há horas calada pelo amanhecer da noite, mais uma tarde que se despede os sinos tocam as trindades, de repente lembro as horas e é então que sinto um vazio cheio de novas esperanças no sereno da noite, faço aceno ao dia que parte, a solidão é difícil e profunda, tão próxima estou do passado e tão ausente do presente, dou dois passos em frente e ando só por andar não por ter pressa de chegar. invento sonhos a vida inteira, trago o coração doído, o tempo sempre à minha beira e eu pensando tê-lo perdido.
natalia nuno
rosafogo

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