domingo, 14 de junho de 2015

quando a noite amanhece...



repousa em mim a saudade
deitou-se aqui no meu peito
trouxe palavras de ansiedade
ficou o coração insatisfeito

trago a ilusão da calmaria
hei-de rir dos dias de marasmo?
ai... que a vida já se distancia
e eu não quero morrer de pasmo

quero que meu outono floresça
como primavera em ascensão
verde esperança em mim cresça
e venha a bonança dar-me a mão

e de todos os sonhos que sonhei
mesmo não tenham valido a pena
não perguntem nada só eu sei!
minha força é grande, não pequena.

deixem que perpectue em mim
alegrias e lágrimas choradas
quero ficar em paz até ao fim
livre sem as ideias amordaçadas

quando o rio da vida me engolir
e ocultar do céu o meu olhar
um pouco do que fui há-de sorrir
lá de onde não mais vou regressar

aperta-se-me o peito, calo a boca
e caminho...caminho sem segredo
trago o sangue a pulsar, e da pouca
vida que resta não trago medo...

natalia nuno
rosafogo






2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Poemas com rimas são a minha paixão. E este está esplendoroso! É verdade que um dia o sol se apagará. É a lei da vida, mas não é coisa que deva atrapalhar a nossa passagem e estadia! Devemos é desfrutar de tudo aquilo que o mundo e a vida tem de bom. E é tanta coisa!

Tudo que nos impeça de movimentar atrapalha sempre. Mas estou certo que essa pequena cirurgia vai cicatrizar bem, e rapidamente, para poderes voltar aos afazeres normais.

Mas sejam quais forem as maleitas, nunca nos devemos deixar abater. E comigo por perto a tua mente nunca vacilará!

Beijos

orvalhos poesia disse...

É muito bom ter-te por perto acredita, logo hoje que me sinto um pouco abatida, o pá apresenta melhoras, amanhã mesmo vou tirar os pontos, mas longe de estar bom, tanto tempo parada, parece uma eternidade, vai-me valendo o computador, mas não estando bem até este me cansa.
Hoje não sou boa companhia, mas prometo ser forte...

Beijinho João agradeço o teu cuidado e também sempre o modo como valoriza o que vou escrevendo.
Fica bem.