sábado, 5 de maio de 2012

NA MARÉ DO SONHO

















Trago a vida aberta à tempestade
Barco de vela enfunada ao vento
E este espelho meu que tece a saudade
De o olhar me dói, é de dor o sentimento.
Encrespam-se as ondas do meu mar
Como searas de trigo ondulantes
Fico a última ternura a lembrar.
Avanço no desejo,
mas nada é como dantes.

Na maré do sonho,
uma estrela se move.
Sinto-me pelo tempo rejeitada,
o sol encoberto se comove,
enquanto o sangue nas veias me lateja.
A vida, anda nesta aventura
embarcada.
Vence a morte que não deseja.

É é tão difícil um ancoradouro
certo,
Vou seguir pelas veredas,
com a solidão por perto.
Apego-me ao sonho
como um pássaro ao ninho
e assim, confortada a memória,
vou seguindo caminho.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net





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