segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SINTO TÃO PRÓXIMO O LONGE



Deixo-me imóvel nesta noite de Outono
Tudo lá fora emudece
Meu tempo desvanece.
O silêncio me causa fastio
Me abandono,
ao meu ouvido o sussurrar do rio
que me traz arranhadas memórias
que  surgem por atalhos ressuscitando
a infãncia.

Tudo se vai diluindo
Como areia engolida pelo mar
No esquecimento partindo...
O impiedoso tempo se apressou a devorar.

Encho-me de inquietação,
entre o ser e o já não ser
E a noite é para mim conspiração,
na dúvida do chegar o amanhecer.
Sinto tão próximo o longe
aquele que fui e sei não sê-lo jamais
Por hoje?
Me dói por demais.

O céu está silencioso, estrelado
Nele ponho o olhar parado
Que foi feito da minhas ideias?
Algo para sempre mudou
Até o sangue que corre nas veias.
Estenderei uma ponte
Que me leve ao novo dia
Meu sonho será a fonte
Que amparará minha melancolia.
Nesta noite de Outono
na solidão dos astros me abandono.

rosafogo
naralia nuno
imagem do blog imagens para decoupage



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